jueves, 28 de agosto de 2008

Fãs choram separação da banda mexicana RBD


Adolescentes fazem protesto e passeata contra o fim de banda mexicana considerada fenômeno internacional entre os jovens. Convocação pela internet consegue levar 100 pessoas à praça

Cerca de 100 adolescentes participaram nesse sábado, na Praça da Liberdade, cartão-postal de Belo Horizonte, de uma manifestação realizada em várias cidades do planeta contra o fim da banda mexicana RBD, fundada em 2004 e considerada fenômeno internacional entre os jovens. O conjunto – formado pelas atrizes Anahí, Dulce e Maite e pelos atores Alfonso, Christian e Christopher – nasceu do sucesso da novela Rebeldes, o que explica a sigla, e fez sucesso nos cinco continentes. Os integrantes, que também foram os protagonistas do folhetim televisivo (no Brasil foi transmitido pelo SBT), conquistaram uma multidão de fãs, que se surpreenderam, no último dia 15, quando um dos empresários do grupo anunciou que a banda vai acabar. Em resposta, milhares de admiradores se organizaram e promoveram uma passeata mundial contra o que classificam de fim prematuro do grupo.

Muitos dos participantes usaram o Orkut e e-mails para divulgar o encontro. Em BH, os adolescentes caminharam da Praça da Liberdade até um shopping na esquina das avenidas do Contorno com Nossa Senhora do Carmo. Muitos foram vestidos à caráter, com camisa branca e gravata vermelha, marca registrada dos integrantes do RBD. Outros levaram faixas, para demonstrar o carinho, e fotos. Lágrimas também foram derramadas. A pré-vestibulanda Lorrana Moreira, de 20 anos, moradora do Bairro Cidade Nova, na Região Nordeste da capital, não conseguiu esconder a tristeza.

“Eles são a minha vida, porque me fazem acreditar em sonhos”, disse a jovem, que tatuou, no pulso esquerdo, a palavra believe, cujo significado, em inglês, é acreditar. “A Anahí sempre fala no palco para a gente acreditar”. Assim como ela, cada manifestante tinha uma história para contar. A de Nathália Siqueira, de 17, moradora do Bairro Camargos, na Região Oeste de BH, se refere ao show que a banda fez no estádio Jornalista Felipe Drumond (Mineirinho), na capital mineira, no início de 2008. “Passei a noite na fila. Cheguei ao local de madrugada: às 2h. Eles subiram no palco por volta das 19h. Valeu todo o esforço. Era o aniversário de 25 anos da Anahí e a presenteei com um bolo, entregue no camarim por uma funcionária do estádio”, recordou a garota, enquanto os colegas cantavam sucessos da banda.

O jovem Pedro Henrique Xavier de Carvalho, de 14, sabe todos, como dizem, “de cor e salteado”. Sua paixão pelo grupo começou pelo amor que a namorada tinha pelos mexicanos. “Ela me fez gostar deles. Em 2006 fui ao estádio do Morumbi, em São Paulo, para assistir ao show. Em 2008 estive presente no Mineirinho. Amo o RBD”. Sua amiga Lorena Lima, de 16, também se diz fã número um. Comprou os nove CDs e os sete DVDs que os Rebeldes lançaram na curta carreira. “Assisti a novela, que foi acompanhada por muita gente. A banda bateu recordes de vendas. É uma pena o fim do grupo”.

Os jovens subiram no coreto da praça, cantaram várias músicas e tiraram fotos com gravuras dos ídolos. Os mais exaltados diziam que não acreditavam que a banda irá acabar. A manifestação dividiu opiniões de visitantes que passeiam e fazem caminhada na Liberdade. Enquanto alguns aprovaram o ato, outros avaliaram que os adolescentes deveriam se preocupar com coisas mais importantes.

ANÁLISE DA NOTÍCIA

A organização dos jovens em torno do fim do RBD se mostrou eficiente, pois eles reuniram uma multidão para demonstrar o carinho que sentem pela banda. Mas é importante que a mesma garotada continue ativa e organizada em questões que podem melhorar, diretamente, o Brasil. A força que tiveram na internet (e-mails e Orkut) e a vontade com que foram à Praça da Liberdade podem ser aplicadas na defesa de outras bandeiras, como a de uma país mais justo. (PHL)

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